A Psicóloga Ângela Maria M. Ferreira sempre esteve em meio às atividades sociais. Ela lembra que desde criança assistia a família ajudando e contribuindo para melhorar a vida dos mais necessitados. Mas a grande virada da sua vida no trabalho despertou para a realidade de que ela deveria agir com mais veemência e fazer algo maior. Surgiu o que hoje ela chama de "terapia do amor". Tudo começou com o encontro de algumas amigas para a produção de bonecas. "Todas esperavam que eu fizesse bonecas, só que eu não tinha a menor idéia de como fazê-las", diz lembrando da primeira reunião. Porém, a partir dos encontros surgiram muitas idéias que culminaram em um trabalho apreciado por crianças, adultos e idosos: a Oficina de Bonecas.
As bonecas de pano, produzidas por um grupo de aproximadamente 30 mulheres que se reúnem todas as quintas-feiras, são comercializadas e a renda é revertida para Entidades Socioeducativas de crianças com vulnerabilidade social. "Temos defeitos e qualidades, como todo ser humano, mas acredito que o voluntário tem algo a mais: a felicidade de participar e de promover mudanças, mesmo que sejam pequenas", analisa. Ângela se emociona ao lembrar que muitas pessoas do grupo nem imaginavam o que seria atuar como voluntário e que hoje são grandes colaboradoras.
Solidariedade, amor ao próximo , paz de espírito e fé são alguns dos valores que Ângela e o grupo da Oficina de Bonecas preservem como um presente especial. "À medida que vamos convivendo com pessoas diferentes de nós, nossa percepção de mundo e muitos valores vão mudando. É um processo de autoconhecimento que nos deixa mais experientes, mais sensíveis e maduros em relação aos fatos ao nosso redor. Acredito que isso seja um pouquinho do que chamamos de generosidade que é impossível de existir sem haver antes um processo de amor por nós mesmos. Porque quando nos amamos acabamos exteriorizando esse sentimento em relação a outras pessoas também", afirma Ângela.
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